segunda-feira, 11 de maio de 2009

Diversidade e Ideologia





Diversidade Humana: Uma questão política

O humano em diferentes contextos



O que é a diversidade?

Diferença, dessemelhança.
Divergência, contradição; oposição.
Caráter do que, por determinado aspecto, não se identifica com algum outro.



Por que esse tema é importante à Psicologia?

· Compreender a diversidade humana é uma questão central para a Psicologia, pois no mundo existe hoje uma multiplicidade de pessoas com costumes, valores, práticas culturais, modos de pensar e viver distintos, mas que se encontram e se relacionam permanentemente. Se nos dispomos a oferecer uma escuta de qualidade, não podemos deixar de refletir sobre as diferenças que podem constituir sua singularidade, as quais, por vezes, podem estar em franca oposição a nossa.

Quais seriam os campos da diversidade?

· Diferenças de sexo (biológicas) e de gênero (significados psicológicos e sociais atribuídos às diferenças biológicas)
· Diversidade de raça (grupo de similaridade genética que se reproduzem entre si, as categorias raciais baseiam-se em diferenças físicas) e de etnia (as categorias étnicas baseiam-se em diferenças culturais, ou seja, mesma língua, mesma religião, crenças culturais e práticas sociais)
· Diferentes tipos de religiosidade ou diferentes formas de compreender as necessidades transcendentes.
· Diferentes culturas. Cultura é a maneira como as pessoas vivem. Uma cultura fornece modos de pensar, agir e se comunicar, idéias de sobre como o mundo funciona, sobre a razão do comportamento das pessoas, crenças e ideais que moldam nossas aspirações e nossos desejos individuais. Informações sobre como utilizar e aperfeiçoar tecnologias e acima de tudo critérios para avaliar o significado dos eventos naturais, das ações humanas e da vida em si mesma.
· E tantas outras diferenças.....

Porque a diversidade é uma questão política? O que é política mesmo?

Ciência dos fenômenos referentes ao Estado,
Sistema de regras respeitantes à direção dos negócios públicos,
Arte de bem governar os povos,
Conjunto de objetivos que enformam determinado programa de ação governamental e condicionam a sua execução,
Posição ideológica a respeito dos fins do Estado,
Atividade exercida na disputa dos cargos de governo ou no proselitismo partidário,
Habilidade no trato das relações humanas, com vista à obtenção dos resultados desejados,
Civilidade, cortesia.

A nós vai interessar apenas alguns aspectos da “política”

As questões relacionadas à ideologia, na medida em que formam particulares formas de pensar e ver o mundo,
A civilidade, na medida em se refere à postura cidadã que devemos manter diante da diferença e assim devemos refletir sobre a cidadania e seu múltiplos significados,
Programas de ação governamental que visam garantir a preservação dos direitos dos mais distintos grupos sociais.

Como se constrói nossa maneira de pensar?

Em primeiro lugar devemos nos lembrar que aquilo que pensamos hoje é resultado de um processo de construção que se iniciou assim que chegamos ao mundo. Dessa forma, as influências de nossa família, primeiro grupo do qual fazemos parte e que “imprimem” em nós formas particulares de reagir a determinados estímulos ou situações que vivemos.
Diferentes grupos e diferentes sociedades estabelecem formas particulares de reagir diante dos mesmos estímulos, tem opiniões, valores e crenças distintas. Dessa forma temos que diferentes julgamentos, sentimentos ou reações podem surgir de uma mesma situação para diferentes pessoas.

Mas “quem” ou o “quê” determina aquilo que chegamos a valorizar como correto, bom e aceitável ou ainda errado, mau e inaceitável?

Todas as pessoas que vivem em uma determinada sociedade e em certas condições históricas estão sujeitas à ação da ideologia vigente na época.

O que é ideologia?

Um pouco de história......

A palavra ideologia foi utilizada por Karl Marx há mais de 100 anos. Marx era um pensador e militante político alemão que lutava pela causa operária. Em seus textos identificou claramente a forma como a sociedade da época estava dividida em dois grupos opostos: a burguesia e o proletariado. (MARCONDES, 1995).
Para Marx, a luta de classes acontecia porque havia uma clara distinção entre as idéias que cada um dos grupos defendia. O pensamento proletário era diferente do pensamento burguês. Para Marx, num primeiro momento, ideologia era o conjunto de idéias que cada grupo possuía. (MARCONDES, 1995).
Mas segundo Marcondes (1995) Marx e Engels, seu parceiro de lutas, estavam muito mais voltados para o problema econômico das diferenças de classes do que propriamente para a questão ideológica. Naquela época existia uma convivência de duas culturas, não havia uma mistura de idéias como apareceu mais tarde.
Em alguns trabalhos, Marx chega a admitir que a ideologia fosse uma espécie de “forma falsa” que a classe dos proprietários usava para tentar justificar suas atitudes e suas políticas antioperárias. Assim, a palavra ideologia significava uma explicação falsa dos fatos que aconteciam na luta entre as classes. (MARCONDES, 1995).
Lênin, seguidor das idéias de Marx foi quem, de fato, pôs em prática uma proposta de revolução na sociedade e a deposição dos burgueses como classe do poder social e da dominação.
Lênin sabia, claramente, que patrões e trabalhadores tinham idéias próprias. Para ele existiam duas ideologias: a dos proletários e a dos burgueses. A idéia de que a ideologia era uma forma falsa já não era aceita. (MARCONDES, 1995).
Ao longo dos anos que se seguiram à Revolução Russa em 1917, os problemas políticos e econômicos dos trabalhadores para conseguir melhores condições de vida estavam sofrendo a concorrência dos problemas de natureza ideológica, ou seja, a luta que antes acontecia na porta das fábricas, agora ocorria na cabeça das pessoas.
Os trabalhadores passaram a ter mais direitos, a poder comprar, não mais viver em condições miseráveis e a ter uma maior “integração” com a vida cultural da sociedade. As idéias de uma separação entre operariado e sociedade desaparecem. Na realidade, muitos trabalhadores começaram a se convencer que o mundo burguês poderia trazer-lhes algum benefício. (MARCONDES, 1995).



A partir dos anos 20 do século passado, ocorreu um rápido desenvolvimento do capitalismo. George Luckács, pensador húngaro, aponta o fracasso do Movimento Operário Alemão e que o operariado vivia uma situação de ambigüidade: ao lado das idéias de solidariedade, da luta pelo poder e pela revolução conviviam idéias burguesas, que reforçavam a posição individual – cada um para si, quanto mais eu tiver melhor, etc.
Evidenciava-se nesse momento que certos pensamentos burgueses se misturavam na consciência dos trabalhadores. Para Luckács, a consciência operária era um conjunto de idéias, às vezes até bem oposta à sua realidade de classe. (MARCONDES, 1995).
Marcondes (1995) afirma que para se entender “ideologia” é preciso ir mais além, avançar nas reflexões sobre o problema da relação do indivíduo com as formas de poder que ele vive e desempenha.

Compreendendo ideologia hoje.....

Para Marcondes (1965) o conceito de ideologia abarca 6 níveis, a saber:

1- A ideologia e o grupo social

A ideologia pertence sempre a um grande grupo de pessoas. Nunca a um sujeito separadamente.
Todos nós participamos de “bolsões ideológicos”, neles há pessoas que acreditam em coisas que também acreditamos, que lutam por ideais que também lutamos e têm opiniões que também são as nossas.
Ideologia não é um fato individual e não atua de forma consciente na maioria dos casos. Quando defendemos uma idéia, uma aspiração, um desejo, normalmente, não sabemos, não temos consciência que isso ocorre dentro de um esquema maior.
Nós repetimos conceitos e vontades já existentes.

2- O conteúdo simbólico

A ideologia vive fundamentalmente de símbolos. Ela trabalha com símbolos e é formada por estereótipos.
Os símbolos são mecanismos de natureza inconscientes. Eles têm a função de falar de forma indireta sobre fatos e coisas. A linguagem simbólica tem o poder de fazer com que as pessoas pensem de uma forma não-direta ou não-imediata, pois o mecanismo é inconsciente.
Os símbolos não atuam de forma isolada e a ideologia reúne uma série de símbolos e os organiza de maneira coerente. Quando as pessoas planejam o futuro ou certo tipo de sociedade, quando aspiram determinados bens materiais, dão forma à ideologia por meio desse conjunto de símbolos.
As transformações sofridas pelas idéias sobre o casamento e a sexualidade são bons exemplos de como a ideologia vai formando os bolsões de pensamento ao longo da história.
A ideologia se manifesta na forma de estereótipos que por sua vez são os criadores dos preconceitos. Os estereótipos são idéias, imagens e concepções a respeito das pessoas, objetos e fatos, os quais as pessoas criam, aprendem ou simplesmente repetem sem avaliar e são ou não verdadeiros – são vícios de raciocínio. (MARCONDES, P.25).
Os preconceitos são problemáticos, pois impõe uma idéia de uma pessoa que está diante de nós sem que a conheçamos. Os preconceitos produzem racismo, segregações, discriminações.

3- A ideologia como um conjunto de valores

Valor é alguma coisa que a pessoa preza ou ainda que tem grande consideração.
As pessoas valorizam diferentes aspectos do real, alguns a estabilidade financeira, outro o carro do ano, a viagem ao exterior, casar-se virgem, ter boa saúde, etc.
A ideologia agrupa valores assim como agrupa símbolos.

4- A ideologia como visão de mundo

A ideologia é uma forma de ver o mundo. Diferentes pessoas têm diferentes visões de mundo.
Visão de mundo implica uma determinada forma de me relacionar com o mundo real que me cerca, ou seja, com as pessoas, com os objetos e com a natureza.
A ideologia favorece minha relação com o mundo que me cerca, com as pessoas e com a natureza numa direção ou outra. Por mais indiferente que uma pessoa seja ou pretenda ser, sua ideologia sempre vai implicar numa participação onde ela estará pró ou contra os fatos, acontecimentos, opiniões no meio em que vive.

5- Ideologia mobilizadora

A ideologia possui uma grande capacidade de mobilizar as pessoas e as massas.
Ideologia não é só um conjunto de idéias, mas é também uma força que impulsiona as pessoas. É uma energia ou élan que torna as pessoas ativas na política, na religião, enfim em todas as atividades.

6- Ideologia e Ação

A ideologia pode mostra-se como progressista, avançada ou revolucionária, não pelas declarações, pela ostentação, pelo que o sujeito fala, mas, de fato só é tudo isso pela prática, pela ação do sujeito.
Alguns partidos políticos proclamam as mudanças que vão fazer enquanto concorrem às eleições, afirmam-se democratas e quando chegam ao poder agem de modo autoritário e contrário ao que prometeram.
Uma ideologia ou uma posição ideológica será progressista, inovadora ou revolucionária na medida em que sua ação for também dessa natureza.

Onde observamos a presença da ideologia?

Muitos de nós vemos no trabalho a forma de ascensão social. Trabalhar, ter dinheiro para acessar bens de consumo. A idéia de que trabalhamos para “melhorar de vida” ainda está presente em muitos “bolsões” da sociedade. Vários são os representantes sociais da ostentação que o fetiche do dinheiro pode produzir – ele dá a ilusão que as pessoas podem possuir coisas fantásticas, obter coisas fabulosas – como, por exemplo, o último modelo de celular, o tênis da marca X, a roupa da loja Y. Dessa forma a moda é um outro campo de observação da ação da ideologia.
Na ciência também podemos observar a presença da ideologia. Por exemplo, no final do século XIX e início do XX, era comum no pensamento científico, que existiam diferentes tipos humanos, ou raças mais dotadas ou viáveis e outras que estariam fadadas à degenerescência. Muitas ações políticas como a que foi levada praticada no Brasil nos anos 30 – o Eugenismo – tinham como base os fundamentos científicos de Francis Galton.
Na arte a ideologia também está presente definindo ao longo dos séculos quais os padrões estéticos a serem seguidos. A música também veicula valores ideológicos e isso talvez tenha ficado mais evidente no surgimento do rock and roll nos anos 50 nos EUA e do rap – rhythm and poetry – nos anos 70 na Jamaica, expressões musicais que acompanham transformações sociais marcantes.

Podemos viver sem ideologia?

Segundo Marcondes (1985) nunca poderemos viver sem ideologia (s). Nunca conseguiremos ver o mundo como ele realmente é. Sempre estaremos vendo o mundo a partir de uma orientação mais ou menos viciada da realidade. Negar isso seria abrir mão da condição humana. A ideologia é, inevitavelmente, resultado do processo de socialização.


Referência:


MARCONDES FILHO, C. O que todo cidadão precisa saber sobre ideologia. São Paulo: Global, 1985.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Comunicação Verbal e Não-Verbal



Comunicação Verbal e Não-Verbal


A Comunicação é entendida como a transmissão de estímulos e respostas provocadas, através de um sistema completa ou parcialmente compartilhado. É todo o processo de transmissão e de troca de mensagens entre seres humanos.

Esquema da Comunicação de R. Jakobson:


Contexto
Emissor
Mensagem
Receptor
Contacto
Código


Para se estabelecer comunicação, tem de ocorrer um conjunto de de elementos constituídos por: um emissor (ou destinador), que produz e emite uma determinada mensagem, dirigida a um receptor (ou destinatário). Mas para que a comunicação se processe efetivamente entre estes dois elementos, deve a mensagem ser realmente recebida e decodificada pelo receptor, por isso é necessário que ambos estejam dentro do mesmo contexto (devem ambos conhecer os referentes situacionais), devem utilizar um mesmo código (conjunto estruturado de signos) e estabelecerem um efetivo contacto através de um canal de comunicação. Se qualquer um destes elementos ou fatores falhar, ocorre uma situação de ruído na comunicação, entendido como todo o fenômeno que perturba de alguma forma a transmissão da mensagem e a sua perfeita recepção ou decodificação por parte do receptor.


Elementos da Comunicação:


- Codificar: transformar, num código conhecido, a intenção da comunicação ou elaborar um sistema de signos;
- Decodificar: decifrar a mensagem, operação que depende do repertório (conjunto estruturado de informação) de cada pessoa;
- Feedback: corresponde à informação que o emissor consegue obter e pela qual sabe se a sua mensagem foi captada pelo receptor.


LINGUAGEM VERBAL: as dificuldades de comunicação ocorrem quando as palavras têm graus distintos de abstração e variedade de sentido. O significado das palavras não está nelas mesmas, mas nas pessoas (no repertório de cada um e que lhe permite decifrar e interpretar as palavras);

LINGUAGEM NÃO-VERBAL: as pessoas não se comunicam apenas por palavras. Os movimentos faciais e corporais, os gestos, os olhares, a entonação da voz são também importantes: são os elementos não verbais da comunicação.

Os significados de determinados gestos e comportamentos variam muito de uma cultura para outra e de época para época.
A comunicação verbal é plenamente voluntária; o comportamento não-verbal pode ser uma reação involuntária ou um ato comunicativo propositado.
Alguns psicólogos afirmam que os sinais não-verbais têm as funções específicas de regular e encadear as interações sociais e de expressar emoções e atitudes interpessoais.


a) expressão facial: não é fácil avaliar as emoções de alguém apenas a partir da sua expressão fisionômica. Por vezes os rostos transmitem espontaneamente os sentimentos, mas muitas pessoas tentam inibir a expressão emocional.


b) movimento dos olhos: desempenha um papel muito importante na comunicação. Um olhar fixo pode ser entendido como prova de interesse, mas noutro contesto pode significar ameaça, provocação. Desviar os olhos quando o emissor fala é uma atitude que tanto pode transmitir a idéia de submissão como a de desinteresse.


c) movimentos da cabeça: tendem a reforçar e sincronizar a emissão de mensagens.


d) postura e movimentos do corpo: os movimentos corporais podem fornecer pistas mais seguras do que a expressão facial para se detectar determinados estados emocionais. Por ex.: inferiores hierárquicos adotam posturas atenciosas e mais rígidas do que os seus superiores, que tendem a mostrar-se descontraídos.


e) comportamentos não-verbais da voz: a entonação (qualidade, velocidade e ritmo da voz) revela-se importante no processo de comunicação. Uma voz calma geralmente transmite mensagens mais claras do que uma voz agitada.


f) a aparência: a aparência de uma pessoa reflete normalmente o tipo de imagem que ela gostaria de passar. Através do vestuário, penteado, maquiagem, apetrechos pessoais, postura, gestos, modo de falar, etc, as pessoas criam uma projeção de como são e de como gostariam de ser tratadas. As relações interpessoais serão menos tensas se a pessoa fornecer aos outros a sua projeção particular e se os outros respeitarem essa projeção.


Conclusão: na interação pessoal, tanto os elementos verbais como os não-verbais são importantes para que o processo de comunicação seja eficiente.
Comentários da professora:
A comunicação verbal e a não-verbal são elemetos essenciais do processo de interação e estão presentes em todos o nossos relacionamentos quer sejam familiares, profissionais de lazer dentre tantos outros. É claro que o modo particular como nos manifestamos é a expressão mais direta de nossos comportamentos, em outras palavras, é nosso comportamento expressivo. É sabido que 70% de nossa comunicação é de natureza não-verbal, enquanto apenas 30% é constituída de palavras escritas ou faladas. Estamos o tempo todo, por meio de nosso comportamento expressivo, manifestando aspectos de nossa personalidade. Observar a forma como nos vestimos, o tom de voz que usamos em diferentes situações, como nos sentamos ou reagimos corporalmente nas diferentes situações nos dá boas pistas sobre nós mesmos e ao observarmos os outros podemos, por seu comportamento expressivo, saber um pouco daquilo que ele é - de sua personalidade - ou manifesta para nós.
ATENÇÃO: Este é um texto coplementar ao do livro que temos trabalhado em sala de aula.
Referência:

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Um olhar para as prisões femininas



Texto Síntese apresentado no I Simpósio Sul Brasileiro de Psicologia Jurídica.
17 e 18 de abril de 2009 – Porto Alegre
Mesa: Cárcere e Mulher.

O que pretendo abordar

• Quantas são as mulheres presas?
• Como são os presídios femininos?
• O que se pensa sobre as mulheres presas?
• Quem são as mulheres presas?
• O que podemos entender como direitos da mulher numa prisão?
• Quais são as questões familiares e amorosas em prisões?
• É possível pensar que as mulheres encarceradas possam resolver amorosamente seus relacionamentos?

Quantas são as mulheres presas?

• Segundo dados do DEPEN em 2003 existiam em nosso país 9.863 mulheres presas. Até dezembro de 2007 este número aumentou para 25.830. Hoje já deve ter triplicado.
• Dessas 6.531 estavam em São Paulo, mas alí existem 5.458 vagas.
• Existem no país 1.094 unidades prisionais. Destas 55 são exclusivamente para mulheres, 426 mistas e 613 para homens.
• São Paulo conta com 143 unidades prisionais sendo que delas, 12 são exclusivamente femininas. O nosso estado é o que possui o maior número de unidades femininas.

Como são os presídios femininos?

• As prisões foram pensadas para homens.
• Os edifícios, em sua maioria, são antigas prisões para homens.
• Alguns são antigos conventos ou unidades para jovens reformadas.
• São locais onde a preocupação com as peculiaridades das mulheres é irrelevante.
• Em todos se observa que as mulheres esforçam-se para transformar as celas em suas casas.

O que se pensa sobre as mulheres presas?

• As mulheres presas geralmente são vistas a partir de julgamentos preconceituosos.
• As geralmente são tidas como “mulheres de vida fácil” “vagabundas” ou “vadias” sem caráter.
• Mães presas que têm filhos na prisão são consideradas “irresponsáveis”, as que os tiveram fora, “abandonadoras”, as que não querem vê-los, “cruéis”.
• As mães presas são vistas e tratadas como “naturalmente” más, desatentas descuidadas e incapazes de amar.

Quem são as mulheres presas?

• Mulheres que viveram e ainda vivem uma profunda experiência de dor nas relações familiares desde a infância.
• Jovens que se envolveram por diferentes motivos com a rede do tráfico: abandono, pobreza, abuso, influência, etc.
• Mães de família que se envolveram com furtos ou assaltos, pois foram abandonadas pelos parceiros.
• Mulheres abusadas e violentadas que agrediram ou mataram seus parceiros.
• Pobres ou ricas, mulheres que buscam uma maneira de resgatar sua dignidade e retomar a vida junto àqueles que amam.

O que podemos entender como direitos da mulher numa prisão?

• Documentos Jurídicos: Lei de Execução Penal e as Regras Mínimas para atendimento dos Presos, dentre outros.
• Livreto Mulher, publicação oficial do II Plano Nacional de Políticas para Mulheres – 2008 - primeira vez a condição da mulher presa foi debatida por 2700 participantes da II Conferência Nacional de Políticas para Mulheres.
• Direitos:
– assistência integral à saúde,
– prática sexual segura,
– a gestação assistida,
– exercício da maternidade,
– concessão de passes,
– uso do telefone de forma monitorada,
– incentivo e orientação para trocas de correspondências


Quais são as questões familiares e amorosas em prisões?

• A prisão dificulta quando não impede a manutenção dos vínculos familiares e amorosos,
• Se entendemos a relação amorosa como construída diariamente na presença das pessoas com quem convivemos como as mulheres presas podem cultivar amor?
• Mulheres presas amam seus familiares, é um equívoco pensar diferente,
• A prisão ainda não é um espaço onde, se possa cultivar amor para que sofrimentos possam ser curados.


É possível pensar que as mulheres encarceradas possam resolver seus relacionamentos?

• Bert Hellinger – alemão, nascido em 1925, trabalhou 16 anos em uma ordem missionária católica entre os Zulus, formou-se em psicanálise, terapia primal, análise transacional, hipnoterapia e desenvolveu a abordagem das constelações familiares,
• Sistemas Familiares – consciência individual, consciência grupal ou arcaica e consciência espiritual.
• Jogo entre inocência e culpa.
• Ordens do amor: direito de pertencimento, todo sistema tem uma hierarquia, equilíbrio entre dar e tomar.
• Esta proposta permite que vejamos as mulheres como seres emaranhados em questões onde se faz necessário o restabelecimento das ordens do amor.
• O essencial é simples

terça-feira, 7 de abril de 2009

Emoções e Sentimentos - Algumas idéias para refletir



Os sentimentos são mais atenuados em sua intensidade vivencial e em seus concomitantes fisiológicos (corporais) em comparação à exuberância das emoções. Intimamente entrelaçados com as sensações e as emoções, os sentimentos se mostram muito mais duradouros, além de infinitamente mais numerosos e variados que os estados afetivos básicos dos quais se originam.


Assim, da emoção primária de choque-pânico, provém emoções mistas (espanto, susto, terror...) e, destas, os sentimentos de insegurança, desconfiança, receio, medo, etc.; da emoção colérica, resultam vivências emocionais impulsivo-agressivas, bem como sentimentos de vingança, ódio, rancor, crueldade . . . ; da emoção afetuosa, originam-se reações emocionais de envaidecimento e de auto-estima, sentimentos de simpatia, cordialidade, compaixão, amizade, amor, sob todas as suas formas (de pessoa a pessoa, à família, à pátria, a Deus, à ciência, à arte, à liberdade, à humanidade, etc.); enfim, das emoções secundárias, de desprazer e mal-estar, de um lado, e de prazer e bem-estar, do outro, também, derivam, respectivamente, sentimentos de pesar, tristeza, desgosto, asco, aversão e desespero bem como os sentimentos de júbilo, alegria, esperança, satisfação, felicidade, etc.


Emoções e sentimentos simples e puros somente se observem mais frequentemente na infância mas, com a puberdade e adolescência, esses elementos se associam indefinidamente, combinando-se de modo crescente e resultando sentimentos mais complexos.


A afirmação juvenil da sexualidade e o processo de integração social do adolescente proporcionam rejeição de muitos valores instituídos na infância, levando à adoção e introspecção de valores novos, que alteram profundamente o sistema referencial do indivíduo (sistema de valores) ampliando e enriquecendo, cada vez mais, a sua vida afetiva e, por fim, favorecendo o desenvolvimento dos chamados sentimentos espirituais. Estes últimos, imprimem a feição final do quadro afetivo geral da psique humana e constituem, a bem dizer, a principal característica de nossa espécie. Esses sentimentos (valores) espirituais permitem ao homem, com exclusividade, elevar-se continuamente no plano das idéias, dos juízos e dos atos e, com isso, caracterizar a totalidade de seu comportamento social.


O característico dessa categoria de sistema de valores espirituais é que eles sempre se referem, não propriamente a pessoas, coisas, objetos, portadores de valores intrínsecos, mas à qualidade do que é ou não é valioso, do que é verdadeiro ou o falso, belo ou o feio, bom ou o mau, sagrado ou o profano.


A representação da realidade, então, determinará a significação das coisas no âmbito de cada camada afetiva (Primárias, Secundárias, Mistas e Espirituais). Isso não quer dizer que essas categorias sejam herméticas ou estanques.Elas funcionam de maneira integrada e, por causa dessa integração, os conteúdos provenientes das mais básicas camadas sensorial e vital, podem alcançar as camadas mais espirituais e vice-versa. Nada, em nosso mundo interior, se encontra em estado estático, de isolamento e de pureza elementar, mas sim, tudo se encontra de forma dinâmica e integrada.


Comentários da Professora:


Às contribuições dos autores do texto, acrescentaria que as emoções são manifestações quase sempre incontroláveis, poderíamos dizer até mesmo que quando temos reações de natureza emocional podemos nos surpreender conosco. Já os sentimentos são influenciados por nossa racionalidade. Além disso as emoções são momentâneas, referem-se a uma situação pontual e passageira, como por exemplo a reação diante de um incêncio ou um assalto; já os sentimentos são duradouros e nos acompanham por muito tempo em nossas vidas, como por exemplo a amizade ou mesmo o amor que sentimos por nossos parceiros.

domingo, 22 de março de 2009

Atenção Curso de Tecnólogo de Segurança! Mudanças no informe



Prezados alunos,

Em virtude de determinação da coordenação do curso, peço que prestem atenção às mudanças em relação ao informe anterior, especialmente o pessoal do período da manhã.


Aulas de terça-feira de manhã:


A reposição do dia 24/03 ocorrerá dia 24/04, numa sexta-feira. Neste dia eu vou estar dobrando as aulas dela.

Aulas de sexta-feira à noite:


Dia 17 de abril o prof. Vital de Direito Constitucional, estará dobrando minhas aulas.


A reposição ocorrerá dia 24 de abril estarei dobrando as aulas dele. No dia 24 ele irá para um Congresso.


Agradeço a todos a gentileza de colaborarem, prestigiando com seu comparecimento.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Aprofundando algumas idéias sobre a estrutura da mente


Freud, criador da psicanálise, apresentou dois modelos descritivos do funcionamento da personalidade e da vida mental: o topográfico e o estrutural.

Na 1ª Tópica, apresentada em 1900, no texto A Interpretação dos Sonhos, descreve um modelo de lugares – topos, por isso topográfico. O aparelho psíquico – organização psíquica dividida em sistemas ou instâncias – era um conjunto articulado de lugares. Nessa descrição temos a seguinte estrutura:

· Consciente ( Cs) – tem a função de receber as informações provenientes do mundo externo e do interno e que são classificadas pelo crivo prazer/ desprazer. Ao consciente estão associadas as funções de percepção, pensamento, juízo crítico, evocação, antecipação, atividade motora, etc.
· Pré-Consciente (Pcs) – está articulado ao consciente, é uma espécie de barreira de contato. Nele ocorre uma seleção do que pode, ou não, passar para o consciente. É uma espécie de arquivo de registros. O seu conteúdo pode ser acessado por meio de um esforço voluntário.
· Inconsciente (Ics) – é a parte mais arcaica – antiga – do aparelho psíquico. Normalmente se manifesta em nossos sonhos.

A 2ª tópica, apresentada em parte no texto Além do Princípio do Prazer, de 1920, e concluída em 1923, no texto O ego e o Id, Freud introduz um novo modelo compreensivo da personalidade, o modelo estrutural ou dinâmico. O modelo estrutural sugere uma contínua interdependência entre os elementos da personalidade – Id, Ego e Superego – embora tenham, cada um, funções específicas.


· Id – o id é o pólo psicobiológico da personalidade e formado basicamente pelas pulsões. É ao mesmo tempo reservatório e fonte da energia psíquica. É regido pelo princípio do prazer. O id e o superego geralmente estão em conflito, por vezes podem estabelecer conluios. O id é a estrutura da personalidade original, mais básica e central presente no nascimento. É amorfo, caótico e desorganizado. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes. Contém material que nunca se tornará consciente e ainda aquilo que foi considerado inaceitável pela consciência.


· Ego – desenvolve-se a partir do id pela persistente ação do mundo externo e da necessidade de adaptação. É a parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa. Tem a função de mediar, integrar e harmonizar os conflitos entre as pulsões do id, as ameaças do superego e as demandas da realidade exterior.

Superego – desenvolve-se a partir do ego e é predominantemente inconsciente. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. As funções do superego são: consciência, auto-observação e formação de idéias. Agindo conscientemente o superego estabelece as restrições, proibições e julgamentos da atividade consciente. Tem uma função moral.

segunda-feira, 9 de março de 2009

O que é Psicologia - Considerações Gerais



A Ciência Psicológica

A – O que é Psicologia?

Psicologia é o estudo científico do comportamento e dos processos mentais. Psicólogos podem estudar tanto os comportamentos ditos “anormais” como todos aqueles que estão presentes nas ações humanas em geral. Psicólogos também estudam os comportamentos animais.

No final do século XX a Psicologia cresceu de forma surpreendente tanto em termos de novas tecnologias de pesquisa, campos de investigação como novas abordagens para estudo dos comportamentos e processos mentais.

O campo da Psicologia é muito vasto. Segundo a APA – American Psychological Association, de mais de 100 anos e a APS – American Psychological Society fundada em 1988, podemos registrar por volta de 51 campos de aplicação da ciência Psicológica, entre eles a Psicologia Jurídica.

Destacando algumas deles.....

· Psicologia do Desenvolvimento: preocupa-se com os processos de crescimento, desenvolvimento e mudanças ao longo da vida, desde o período pré-natal e infância, passando pela adolescência, idade adulta, terceira idade e morte.
· Psicologia Fisiológica: volta sua atenção para os sistemas neurais e químicos do corpo, enfim a natureza biológica do comportamento, pensamentos e emoções humanas.
· Psicologia Experimental: investiga os processos psicológicos básicos, tais como aprendizagem, memória, sensação, percepção, cognição, motivação e emoção.
· Psicologia da Personalidade: volta sua atenção para a diferença entre as pessoas com relação a traços tais como ansiedade, agressividade, auto-estima, sociabilidade, motivação, buscando determinar as causas dessas diferenças.
· Psicologia Clínica e Aconselhamento Psicológico: é o campo onde se desenvolvem as atividades de diagnóstico e tratamento quer sejam de problemas comuns de adaptação que quaisquer um de nós enfrenta ao longo da vida, quer seja de distúrbios psicológicos de natureza mais grave.
· Psicologia Social: busca descobrir de que modo as pessoas influenciam-se mutuamente em termos de pensamentos ações e sentimentos, como as atitudes são formadas e modificadas, o preconceito, a vergonha, a humilhação social, se o nosso comportamento é o mesmo independente de estarmos sozinhos ou em grupos.
· Psicologia Industrial e Organizacional: estuda as questões relativas aos ambientes de trabalho e outros tipos de organização. Como selecionar funcionários, como melhorar a produtividade e as condições de trabalho.
· Psicologia Jurídica: é o campo de interface com o direito onde são desenvolvidas atividades mediadas por dispositivos jurídicos. Nela o profissional pode trabalhar com diagnósticos, prognósticos, orientação e pesquisa.


Diante da diversidade de campos de aplicação, nos perguntamos quais são as questões permanentes que envolvem todos os psicólogos, independente da atividade que desenvolvam, as quais, mantêm a unidade da ciência psicológica?

1) Pessoa-situação: o comportamento é mais influenciado pelos processos internos às pessoas: emoções, motivações valores, personalidade, genes, etc, ou é causado por fatores externos – incentivos, tipo de ambiente, presenças de outros – a essas mesmas pessoas?
2) Natureza-criação: a pessoa que sou é decorrência de tendências inatas – algo que é herdado, genético - ou um reflexo de minhas experiências e da maneira como sou educado?
3) Estabilidade-mudança: o que sou na infância é o que sou na vida adulta? As nossas características pessoais são fixas ou mudam de maneira previsível – ou imprevisível – ao longo da vida?
4) Diversidade-universalidade: até que ponto somos iguais a qualquer outro, iguais a alguns, iguais a ninguém. A questão da diversidade humana é a principal preocupação dos psicólogos e possivelmente um dos focos de conflito com a ciência do Direito.
5) Mente-corpo: qual a relação entre nossas experiências internas e nossos processos biológicos. De que maneiras mente-corpo estão conectados.

Psicologia como ciência


A Psicologia é uma ciência porque, como outras, se baseia no método científico quando busca respostas para suas perguntas.

Isso significa que psicólogos coletam dados por meio da observação cuidadosa e sistemática; tentam explicar o que observam por meio do desenvolvimento de teorias, fazem novas previsões – hipóteses – com base nessas teorias e, então testam sistematicamente tais previsões por meio de observações e experimentos adicionais, a fim de determinar se estão corretos.


B – O crescimento da Psicologia
Muitos são os autores que marcaram o desenvolvimento da Psicologia ao longo do século XX. Apresento aqui aqueles que marcaram de diferentes formas o trabalho dos psicólogos.

Wilhelm Wundt: a origem da Psicologia

A Psicologia nasceu em 1879, com a criação do primeiro laboratório de psicologia na Universidade de Leipzig, na Alemanha. Wundt deu importância central à atenção seletiva – processo por meio do qual determinamos em que vamos prestar atenção em um determinado momento. Para ele a atenção era ativamente controlada por intenções e motivações. Por outro lado a atenção controla outros processos psicológicos, como percepções, pensamentos e memórias.


Sigmund Freud: psicologia psicodinâmica

De todos os representantes da Psicologia, Freud é sem dúvida o mais conhecido e o mais controverso. Doutor em medicina, desenvolveu vários pesquisas e relutou muito até atender em consultório particular em Viena. Seu trabalho com pacientes o convenceu que muitas doenças nervosas tinham origens psicológicas em vez de fisiológicas. Afirmava que os seres humanos não são tão racionais quanto imaginam e que o livre-arbítrio é uma grande ilusão.

Para ele somos motivados por instintos e impulsos inconscientes que não estão disponíveis na parte racional e consciente de nossa mente. Embora não tenha sido o primeiro a falar em inconsciente, via este como um “dinâmico caldeirão de impulsos sexuais e agressivos primitivos, desejos reprimidos, medos e vontades inomináveis e memórias traumáticas da infância”.

Embora reprimidos – escondidos da percepção – sofrendo a ação de forte censura, os impulsos inconscientes, por sua vez, exercem pressão sobre a mente consciente. Expressam-se de maneiras disfarçadas como nos sonhos, manias, lapsos de linguagem e doenças mentais ou ainda através da arte e literatura.

Freud criou o método da associação livre para desvendar os mistérios do inconsciente. Sua teoria é controversa, pois sugere que freqüentemente não estamos conscientes de nossos verdadeiros motivos e assim, não estamos inteiramente no controle de nossos pensamentos e comportamentos. Embora os autores do texto sugiram que a Psicanálise – ou psicologia psicodinâmica tenha perdido influência nas últimas décadas, isso é claramente questionável. Possivelmente reflete a posição de acadêmicos americanos.

Para Freud a mente estaria dividida em Id, Ego e Superego. O id é a sede dos impulsos é a sede da vida mental inconsciente que se manifesta nos sonhos e atos falhos. O ego é a sede da vida mental consciente embora nem tudo esteja imediatamente consciente, ou seja, uma das funções do ego é a memória – além da percepção, raciocínio, etc. O superego é a sede da censura. É formado ainda na primeira infância e refere-se à internalização das proibições paternas.

B.F.Skinner: o behaviorismo

Já na primeira década do século XX, uma nova tendência surge na Psicologia, questionando a introspecção ou a auto-observação, quer nos laboratórios ou no divã do analista. Skinner acreditava que os psicólogos deveriam estudar apenas o comportamento observável e mensurável. Preocupado em produzir mudanças no comportamento e em descobrir as leis naturais do comportamento durante esse processo adicionou outro elemento ao repertório behaviorista: o reforço.

O reforço, ou recompensa, pode ser entendido como o estímulo que faz com que um comportamento de instale no sujeito. Skinner realizou predominantemente pesquisas com animais – ratos e pombos, porém os resultados de suas idéias foram significativamente explorados em atividades e pesquisas junto a seres humanos.


É claro que com o crescimento da Psicologia muitos outros pensadores têm contribuído para aprimoramento das teorias assim como para o desenvolvimento de outras abordagens.

O século XXI tem sido marcado pela expansão no campo da Psicologia Social, referendando práticas que visem a aplicação dos Direitos Humanos assim como o desenvolvimento de uma consciência crítica diante da realidade e a conquista da cidadania em todos os locais de atuação deste profissional.

Referências:

GAZZANIGA, M.; HEATHERTON, T.F. Ciência psicológica: mente, cérebro e comportamento. Porto Alegre: ARTMED, 2005.

MORRIS, G. E MAISTO, A. Introdução à psicologia. Tradução Ludmilla Lima, Marina Sobreira Duarte Baptista. São Paulo: Prentice Hall, 2004

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Comportamento e Personalidade


Pequenas e grandes diferenças!


Todas as pessoas deveriam saber as diferenças básicas entre comportamento e personalidade.

Muitas vezes julgamos precipitadamente uma pessoa em virtude de um comportamento que ela manifesta. Por exemplo: uma mulher na fila do banco após aguardar 10 minutos para passar na porta giratória grita para o segurnaça - "Você devia aprender a trabalhar!" O segurança sem entender nada, fica calado, mas por dentro pensa: - "Que mulher louca!"

Será que esta mulher é mesmo louca ou ela manifestou apenas uma reação, um comportamento exaltado?

Para sabermos qual das duas hipóteses está correta precisaríamos conhecer a pessoa mais detidamente. De qualquer forma, naquela hora na porta do banco o segurança estava apenas diante de um comportamento.

Para que não tomemos a parte pelo todo, ou seja, para que não julguemos uma pessoa que "perdeu o controle" como alguém que "é descontrolada" precisamos saber diferenciar as reações momentaneas daquilo que pode ser considerado permanente nas pessoas.

O texto a seguir apresenta uma pequena amostra dessas diferenças. Para um maior detalhamento rccorra à referência bibliográfica mencionada.

Comportamento e Personalidade


O que é Comportamento?

Maneira de se comportar; procedimento, conduta. Atitudes e reações do indivíduo em face do meio social.
Os comportamentos podem ser entendidos como reações singulares diante de uma situação.
Comportamento é a exteriorização da personalidade.

O que é Personalidade?

Personalidade pode ser entendida como um padrão singular de pensamentos, sentimentos e valores de um indivíduo que persistem ao longo do tempo e das situações.
O elemento estável da vida psíquica de uma pessoa; sua maneira habitual de ser; aquilo que a distingue de outra.
Organização constituída por todas as características cognitivas, afetivas, volitivas e físicas de um indivíduo.


Dessa forma:

A personalidade é geradora de comportamentos,
A personalidade tende a se manter estável ao longo da vida, ou seja, aquilo que somos possivelmente seremos até o final de nossas vidas,
A personalidade resulta da interação do indivíduo – suas características herdadas – com o meio circundante,
Alguns teóricos admitem que a infância seja um período decisivo na formação da personalidade e que as características formadas nesse período dificilmente se alteram. Outros pensam que a personalidade vai se constituindo durante toda a vida num processo incessante,
A personalidade de cada indivíduo é absolutamente singular e tem uma dinâmica que lhe é própria,
Podemos ter comportamentos isolados que entrem em choque com o todo de nossa personalidade.
O conhecimento da personalidade de alguém pode se dar tanto de uma forma empírica como científica.


Referência:

CLONINGER, S.C. Teorias da Personalidade. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Constelações Familiares: Já ouviu falar?


Constelações Familiares é a expressão que designa uma forma de atendimento criada pelo alemão Bert Hellinger. Ele é considerado o mais inovador terapeuta no atendimento de pessoas, casais ou famílias.

Ele se considera um empírico por execelência. Por formação é pedagogo, filósofo e teólogo. Tornou-se psicanalísta e por meio da Dinâmica de Grupo, da Terapia Primal e da Análise Transacional, além de outros métodos hipnoterapêuticos, desenvolveu sua própria Terapia Sistêmica Familiar, mais conhecida como abordagem sistêmico-fenomenológica.

Bert Hellinger é autor de város livros, verdadeiros best-sellers. Atualmente ele vive na Alemanha, mas ministra cursos e workshops em várias partes do mundo, inclusive no Brasil.

Atualmente faço curso de formação neste abordagem. Em brave trarei novidades!