domingo, 22 de março de 2009

Atenção Curso de Tecnólogo de Segurança! Mudanças no informe



Prezados alunos,

Em virtude de determinação da coordenação do curso, peço que prestem atenção às mudanças em relação ao informe anterior, especialmente o pessoal do período da manhã.


Aulas de terça-feira de manhã:


A reposição do dia 24/03 ocorrerá dia 24/04, numa sexta-feira. Neste dia eu vou estar dobrando as aulas dela.

Aulas de sexta-feira à noite:


Dia 17 de abril o prof. Vital de Direito Constitucional, estará dobrando minhas aulas.


A reposição ocorrerá dia 24 de abril estarei dobrando as aulas dele. No dia 24 ele irá para um Congresso.


Agradeço a todos a gentileza de colaborarem, prestigiando com seu comparecimento.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Aprofundando algumas idéias sobre a estrutura da mente


Freud, criador da psicanálise, apresentou dois modelos descritivos do funcionamento da personalidade e da vida mental: o topográfico e o estrutural.

Na 1ª Tópica, apresentada em 1900, no texto A Interpretação dos Sonhos, descreve um modelo de lugares – topos, por isso topográfico. O aparelho psíquico – organização psíquica dividida em sistemas ou instâncias – era um conjunto articulado de lugares. Nessa descrição temos a seguinte estrutura:

· Consciente ( Cs) – tem a função de receber as informações provenientes do mundo externo e do interno e que são classificadas pelo crivo prazer/ desprazer. Ao consciente estão associadas as funções de percepção, pensamento, juízo crítico, evocação, antecipação, atividade motora, etc.
· Pré-Consciente (Pcs) – está articulado ao consciente, é uma espécie de barreira de contato. Nele ocorre uma seleção do que pode, ou não, passar para o consciente. É uma espécie de arquivo de registros. O seu conteúdo pode ser acessado por meio de um esforço voluntário.
· Inconsciente (Ics) – é a parte mais arcaica – antiga – do aparelho psíquico. Normalmente se manifesta em nossos sonhos.

A 2ª tópica, apresentada em parte no texto Além do Princípio do Prazer, de 1920, e concluída em 1923, no texto O ego e o Id, Freud introduz um novo modelo compreensivo da personalidade, o modelo estrutural ou dinâmico. O modelo estrutural sugere uma contínua interdependência entre os elementos da personalidade – Id, Ego e Superego – embora tenham, cada um, funções específicas.


· Id – o id é o pólo psicobiológico da personalidade e formado basicamente pelas pulsões. É ao mesmo tempo reservatório e fonte da energia psíquica. É regido pelo princípio do prazer. O id e o superego geralmente estão em conflito, por vezes podem estabelecer conluios. O id é a estrutura da personalidade original, mais básica e central presente no nascimento. É amorfo, caótico e desorganizado. Os conteúdos do id são quase todos inconscientes. Contém material que nunca se tornará consciente e ainda aquilo que foi considerado inaceitável pela consciência.


· Ego – desenvolve-se a partir do id pela persistente ação do mundo externo e da necessidade de adaptação. É a parte do aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa. Tem a função de mediar, integrar e harmonizar os conflitos entre as pulsões do id, as ameaças do superego e as demandas da realidade exterior.

Superego – desenvolve-se a partir do ego e é predominantemente inconsciente. Atua como um juiz ou censor sobre as atividades e pensamentos do ego. As funções do superego são: consciência, auto-observação e formação de idéias. Agindo conscientemente o superego estabelece as restrições, proibições e julgamentos da atividade consciente. Tem uma função moral.

segunda-feira, 9 de março de 2009

O que é Psicologia - Considerações Gerais



A Ciência Psicológica

A – O que é Psicologia?

Psicologia é o estudo científico do comportamento e dos processos mentais. Psicólogos podem estudar tanto os comportamentos ditos “anormais” como todos aqueles que estão presentes nas ações humanas em geral. Psicólogos também estudam os comportamentos animais.

No final do século XX a Psicologia cresceu de forma surpreendente tanto em termos de novas tecnologias de pesquisa, campos de investigação como novas abordagens para estudo dos comportamentos e processos mentais.

O campo da Psicologia é muito vasto. Segundo a APA – American Psychological Association, de mais de 100 anos e a APS – American Psychological Society fundada em 1988, podemos registrar por volta de 51 campos de aplicação da ciência Psicológica, entre eles a Psicologia Jurídica.

Destacando algumas deles.....

· Psicologia do Desenvolvimento: preocupa-se com os processos de crescimento, desenvolvimento e mudanças ao longo da vida, desde o período pré-natal e infância, passando pela adolescência, idade adulta, terceira idade e morte.
· Psicologia Fisiológica: volta sua atenção para os sistemas neurais e químicos do corpo, enfim a natureza biológica do comportamento, pensamentos e emoções humanas.
· Psicologia Experimental: investiga os processos psicológicos básicos, tais como aprendizagem, memória, sensação, percepção, cognição, motivação e emoção.
· Psicologia da Personalidade: volta sua atenção para a diferença entre as pessoas com relação a traços tais como ansiedade, agressividade, auto-estima, sociabilidade, motivação, buscando determinar as causas dessas diferenças.
· Psicologia Clínica e Aconselhamento Psicológico: é o campo onde se desenvolvem as atividades de diagnóstico e tratamento quer sejam de problemas comuns de adaptação que quaisquer um de nós enfrenta ao longo da vida, quer seja de distúrbios psicológicos de natureza mais grave.
· Psicologia Social: busca descobrir de que modo as pessoas influenciam-se mutuamente em termos de pensamentos ações e sentimentos, como as atitudes são formadas e modificadas, o preconceito, a vergonha, a humilhação social, se o nosso comportamento é o mesmo independente de estarmos sozinhos ou em grupos.
· Psicologia Industrial e Organizacional: estuda as questões relativas aos ambientes de trabalho e outros tipos de organização. Como selecionar funcionários, como melhorar a produtividade e as condições de trabalho.
· Psicologia Jurídica: é o campo de interface com o direito onde são desenvolvidas atividades mediadas por dispositivos jurídicos. Nela o profissional pode trabalhar com diagnósticos, prognósticos, orientação e pesquisa.


Diante da diversidade de campos de aplicação, nos perguntamos quais são as questões permanentes que envolvem todos os psicólogos, independente da atividade que desenvolvam, as quais, mantêm a unidade da ciência psicológica?

1) Pessoa-situação: o comportamento é mais influenciado pelos processos internos às pessoas: emoções, motivações valores, personalidade, genes, etc, ou é causado por fatores externos – incentivos, tipo de ambiente, presenças de outros – a essas mesmas pessoas?
2) Natureza-criação: a pessoa que sou é decorrência de tendências inatas – algo que é herdado, genético - ou um reflexo de minhas experiências e da maneira como sou educado?
3) Estabilidade-mudança: o que sou na infância é o que sou na vida adulta? As nossas características pessoais são fixas ou mudam de maneira previsível – ou imprevisível – ao longo da vida?
4) Diversidade-universalidade: até que ponto somos iguais a qualquer outro, iguais a alguns, iguais a ninguém. A questão da diversidade humana é a principal preocupação dos psicólogos e possivelmente um dos focos de conflito com a ciência do Direito.
5) Mente-corpo: qual a relação entre nossas experiências internas e nossos processos biológicos. De que maneiras mente-corpo estão conectados.

Psicologia como ciência


A Psicologia é uma ciência porque, como outras, se baseia no método científico quando busca respostas para suas perguntas.

Isso significa que psicólogos coletam dados por meio da observação cuidadosa e sistemática; tentam explicar o que observam por meio do desenvolvimento de teorias, fazem novas previsões – hipóteses – com base nessas teorias e, então testam sistematicamente tais previsões por meio de observações e experimentos adicionais, a fim de determinar se estão corretos.


B – O crescimento da Psicologia
Muitos são os autores que marcaram o desenvolvimento da Psicologia ao longo do século XX. Apresento aqui aqueles que marcaram de diferentes formas o trabalho dos psicólogos.

Wilhelm Wundt: a origem da Psicologia

A Psicologia nasceu em 1879, com a criação do primeiro laboratório de psicologia na Universidade de Leipzig, na Alemanha. Wundt deu importância central à atenção seletiva – processo por meio do qual determinamos em que vamos prestar atenção em um determinado momento. Para ele a atenção era ativamente controlada por intenções e motivações. Por outro lado a atenção controla outros processos psicológicos, como percepções, pensamentos e memórias.


Sigmund Freud: psicologia psicodinâmica

De todos os representantes da Psicologia, Freud é sem dúvida o mais conhecido e o mais controverso. Doutor em medicina, desenvolveu vários pesquisas e relutou muito até atender em consultório particular em Viena. Seu trabalho com pacientes o convenceu que muitas doenças nervosas tinham origens psicológicas em vez de fisiológicas. Afirmava que os seres humanos não são tão racionais quanto imaginam e que o livre-arbítrio é uma grande ilusão.

Para ele somos motivados por instintos e impulsos inconscientes que não estão disponíveis na parte racional e consciente de nossa mente. Embora não tenha sido o primeiro a falar em inconsciente, via este como um “dinâmico caldeirão de impulsos sexuais e agressivos primitivos, desejos reprimidos, medos e vontades inomináveis e memórias traumáticas da infância”.

Embora reprimidos – escondidos da percepção – sofrendo a ação de forte censura, os impulsos inconscientes, por sua vez, exercem pressão sobre a mente consciente. Expressam-se de maneiras disfarçadas como nos sonhos, manias, lapsos de linguagem e doenças mentais ou ainda através da arte e literatura.

Freud criou o método da associação livre para desvendar os mistérios do inconsciente. Sua teoria é controversa, pois sugere que freqüentemente não estamos conscientes de nossos verdadeiros motivos e assim, não estamos inteiramente no controle de nossos pensamentos e comportamentos. Embora os autores do texto sugiram que a Psicanálise – ou psicologia psicodinâmica tenha perdido influência nas últimas décadas, isso é claramente questionável. Possivelmente reflete a posição de acadêmicos americanos.

Para Freud a mente estaria dividida em Id, Ego e Superego. O id é a sede dos impulsos é a sede da vida mental inconsciente que se manifesta nos sonhos e atos falhos. O ego é a sede da vida mental consciente embora nem tudo esteja imediatamente consciente, ou seja, uma das funções do ego é a memória – além da percepção, raciocínio, etc. O superego é a sede da censura. É formado ainda na primeira infância e refere-se à internalização das proibições paternas.

B.F.Skinner: o behaviorismo

Já na primeira década do século XX, uma nova tendência surge na Psicologia, questionando a introspecção ou a auto-observação, quer nos laboratórios ou no divã do analista. Skinner acreditava que os psicólogos deveriam estudar apenas o comportamento observável e mensurável. Preocupado em produzir mudanças no comportamento e em descobrir as leis naturais do comportamento durante esse processo adicionou outro elemento ao repertório behaviorista: o reforço.

O reforço, ou recompensa, pode ser entendido como o estímulo que faz com que um comportamento de instale no sujeito. Skinner realizou predominantemente pesquisas com animais – ratos e pombos, porém os resultados de suas idéias foram significativamente explorados em atividades e pesquisas junto a seres humanos.


É claro que com o crescimento da Psicologia muitos outros pensadores têm contribuído para aprimoramento das teorias assim como para o desenvolvimento de outras abordagens.

O século XXI tem sido marcado pela expansão no campo da Psicologia Social, referendando práticas que visem a aplicação dos Direitos Humanos assim como o desenvolvimento de uma consciência crítica diante da realidade e a conquista da cidadania em todos os locais de atuação deste profissional.

Referências:

GAZZANIGA, M.; HEATHERTON, T.F. Ciência psicológica: mente, cérebro e comportamento. Porto Alegre: ARTMED, 2005.

MORRIS, G. E MAISTO, A. Introdução à psicologia. Tradução Ludmilla Lima, Marina Sobreira Duarte Baptista. São Paulo: Prentice Hall, 2004